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A minha vida virada do avesso - crossfitjourney

A minha vida virada do avesso - crossfitjourney

O fim do fim

Acabou e não houve aplauso. Acabou e ninguém pediu mais. Acabou e apagaram-se as luzes. Acabou e uma a uma, saíram pela porta todas as coisas que dividimos para não mais voltarem. "Não voltes ao lugar onde um dia foste feliz" eu prefiro não voltar ao lugar onde fui infeliz, peço-te que não voltes também. Acabou e a parte do meu corpo que dormia colada ao teu, levantou-se e saiu da sala, os beijos que trocámos saíram ainda a peça não tinha chegado ao fim. Saíram as conversas e os segredos de mão dada, saíram as flores a correr com pressa, saiu o amor levado em braços pela realidade. Saíram todos. Não ficou nada. Nada. Só o silêncio. O silêncio tomou conta da sala e deu à nossa história o som de um cemitério. O silêncio levantou a música da cadeira, arrastou os poemas e expulsou-os ao pontapé. O silêncio sentou-se a olhar para mim e a rir da minha cara, o silêncio... Só o silêncio. Acabou e ninguém nos vai chorar, acabou e ninguém se vai querer lembrar de nós. Nem nós. Acabou e ninguém nos veio salvar, lançamos tantos falsos alarmes que quando a casa ardeu ninguém nos ouviu pedir socorro. Agora o mundo vai ser cruel comigo, não tem outra forma de ser. O mundo não espera enquanto sofres, o sol não espera que te levantes, os relógios não param para que chores, a vida não deixa de andar ainda que te sentes no chão e peças um minuto. E eu precisava de muito mais do que um minuto para recolher o que levaste. Precisava dos minutos todos, mas o mundo não tem tempo para as dores de amor, nem para dor nenhuma. Ninguém morre de amor, é o que as pessoas dizem. Mas viver com o que fica da tempestade não é vida, é sobrevivência. E então sobrevive-se quando o espectáculo acaba e a sala fica vazia, levantam-se os pés do chão, limpa-se a cara e sobrevive-se. Sobreviver não tem poesia, não tem amor, não calor nenhum nem graça. O mundo fica sem graça quando se sobrevive. Sobreviver é aquilo que fazes quando te levam a alma do corpo e o corpo teima em continuar a respirar e a pedir água. Acabou e a palavra acabar não chega, morreu. E como amor para nós também não chegava eu fui-te e tu foste-me. Vivemos debaixo da mesma pele. Nós fomo-nos e morremos.Acabou e não houve aplauso. A saudade chegou atrasada, já todos se estavam a ir embora. A saudade chegou chorosa e viu o amor sair de táxi.A saudade chegou, sentou-se ao colo do silêncio e deixou-se ficar. É isto que fica no fim do fim, um luto no palco da vida em que os únicos espectadores são a saudade e o silêncio.

Confesso....

«Dá-me cinco minutos para te conhecer há anos.»

O problema das pessoas é pensarem que para ser sentido tem de ser difícil, que para ser verdade tem de ser demorado...

 

Deixa me dizer te aquilo que tu nem imaginas e pensas ser uma total tolice!

Sim, penso em ti todos os dias, adormeco contigo todas as noites, quando sonho é contigo e sabe me tão bem.. é uma felicidade sem tamanho, um coraçao cheio, a esperanca de viver finalmente o grande amor da minha vida...

Quero te mostrar todos os sitios que amo, quero sair daqui e viajar 4 horas só para te ver, só para passar o fim de semana contigo, so os dois, subir a serra e mostrares me o por do sol.. prometo jantar contigo todas as sextas e sabados.. acordar contigo todos os sabados e domingos e adormecer contigo todos os fins de semana.. aproveitar cada segundo das minhas férias contigo e fazer te feliz da ponta dos cabelos a mais infima celula do teu organismo...

 

Mas não desistas de mim... 

 

«Não te conheço de lado nenhum mas sou tua para sempre.»

Esta sou eu

Eu amo com o corpo todo. Eu amo com o coração, com as mãos, amo até á ponta dos cabelos. Eu choro com o corpo todo, sofro inteira e inteiramente. choram me os olhos, e a alma, os tornozelos e os dedos dos pés. E quando sofro, sofre o céu, sofrem as flores, sofrem os transeuntes, sofrem as pedras da rua.. o mundo inteiro parece estar de luto.

Eu não entendo o ameno, nao sei o que isso é. Não entendo a meia estação. Eu ou morro de frio e visto mais camisolas do que as que me cabem, ou morro de calor debruçada na janela com a cabeça para baixo. Eu nunca estou satisfeita, ou estou morta de fome ou tão cheia que até falar custa. 

Eu nunca gosto mais ou menos de um sitio,nunca. Ou adoro de morte ao ponto de cheirar a casa e poder andar descalça, ou detesto ao ponto de preferir ficar em casa a escrever baboseiras.

Eu não entendo o que é isso da "musica levezinha", eu preciso que a musica me atropele, me dispa. Preciso que me dê um pontapé na porta e me fale como se me conhecesse da vida toda.

Eu não me rodeio de "gente porreira". A gente porreira é o atum da humanidade. Eu rodeio me de gente, com os melhores e piores feitios, gente calma e pacifica e gente que tem trovoada. Mas acima de tudo gente. Gente que seja qual for a sua verdade, é de verdade.

Eu não entendo o "vai se andando". Eu não vou andando a lado nenhum, o gerundio demora tempo demais. Ou estou parada num sitio, apática e a falar sozinha, ou estou a 300 á hora como se cada instante fosse um ano de vida.

Eu não prefiro ter um pássaro na mão do que dois a voar. Se existem dois pássaros que estejam os dois na minha mão, ou então que voem juntos e eu fico a admira-los. Mas não me venham com meias coisas.

Eu não entendo o "disfarca" ou o "nao compres essa guerra", se eu não gostar de ti tu vais saber, se nao gostar de alguma coisa vou dizer. É que prefiro comprar guerras honestas que viver de pazes alugadas made in china.

Eu não tenho conhecidos, ou tenho amigos ou tenho pessoas simplesmente. Ou te cumprimento e nada mais ou podes ter certeza que te dou a minha camisola no Alasca e até te dou o meu calippo se o teu cair á areia. 

chuva

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudade
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
Da história da gente
E outras de quem nem o nome
Lembramos ouvir

São emoções que dão vida
À saudade que trago
Aquelas que tive contigo
E acabei por perder

Há dias que marcam a alma
E a vida da gente
E aquele em que tu me deixaste
Não posso esquecer

A chuva molhava ? me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai, meu choro de moça perdida
Gritava à cidade
Que o fogo do amor sob a chuva
Há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
Meu segredo à cidade e eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

 

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